A anamnese são perguntas feitas ao paciente para que você o conheça melhor. É neste momento em que você se informa sobre os hábitos de alimentação e de saúde do paciente. Uma boa anamnese é muito importante, pois permite que o nutricionista conheça o paciente de forma completa.
Por isso, é importante ficar atento a alguns pontos durante esse processo. Para ter todas as informações de maneira objetiva, confira como fazer uma boa anamnese!
O que é preciso perguntar durante a anamnese?
Para realizar uma boa anamnese, você pode elaborar seu próprio questionário antes de conversar com os pacientes. Algumas das informações mais importantes de coletar são, por exemplo:
- Informações pessoais: idade, estado civil, formação profissional, se tem filhos, etc.
- Rotina alimentar (quantas vezes costuma comer, em qual quantidade, qual a preferência de alimentos);
- Se tem hábitos de fumar ou ingerir bebidas alcoólicas;
- Se pratica exercícios físicos;
- Histórico de doenças do próprio paciente e também dos familiares próximos;
- Como está a qualidade do sono e da saúde mental.
O peso pode ser perguntado também na anamnese. No entanto, ele não deve ser o foco desse questionário. O importante aqui é que o nutricionista conheça o paciente da forma mais aprofundada o possível, sem fazer julgamentos.
Como fazer uma anamnese de qualidade?
A qualidade da anamnese depende de alguns pontos que podem parecer simples, mas que vão fazer muita diferença para você e para o paciente. Nesse momento, o paciente ainda não te conhece, por isso é fundamental que o nutricionista passe uma sensação de confiança e conforto no paciente.
Se você quer se aprofundar ainda mais para fazer a melhor anamnese, conheça nosso curso Anamnese nutricional completa e confira as dicas a seguir!
Acolha e escute
No momento da anamnese, escute o paciente com atenção e demonstrando interesse. Nesse momento, o paciente pode estar inseguro, ou com vontade de dividir as inseguranças dele com você. Portanto, é importante que você seja atencioso e escute tudo que o paciente tenham a dizer.
Nesse momento, não faça julgamentos sobre o peso nem sobre a dieta e os hábitos da pessoa, mesmo que eles não sejam saudáveis. Após a anamnese, será o momento de você orientar o paciente, e para isso ele precisa sentir que você é uma pessoa que está ali para ajudá-lo, não julgá-lo. O paciente deve se sentir acolhido!
Faça também perguntas abertas
Você já deve ter as suas perguntas padrão durante a anamnese. Porém, busque também fazer perguntas abertas e mais gerais sobre a vida pessoal do paciente e seus hábitos. Isso vai deixar espaço para o paciente contar coisas sobre ele que talvez ele não te conte se a pergunta for muito específica.
As perguntas abertas, como “o que você gosta de comer?”, “o que você faz em um final de semana?”, “como é a sua relação com seu corpo?”, são mais simples de serem intendidas pelo paciente e dão chance para que ele conte outros detalhes importantes sobre sua rotina.
Organize sua anamnese
A organização do seu questionário é muito importante, pois sem um roteiro de perguntas organizado você pode se sentir perdido durante a anamnese e não coletar todas as informações. Se organize antes, com um caderno ou um questionário online no seu computador e deixe todas as perguntas com você durante a anamnese, para ter certeza de que não se esqueceu de nada. Mas, atenção! Não é necessário se prender a um roteiro “robótico”.
Se o paciente começar a se aprofundar em alguns temas sobre a própria saúde, escute com atenção e faça outras perguntas que achar necessárias, mesmo que não esteja no seu questionário. Permita que a anamnese seja um momento espontâneo e confortável para o seu paciente!